O Presidente do Sudão, Omar Al-Bashir, afirmou hoje que o seu país adoptará uma Constituição islâmica se acaso o Sul se separar depois do referendo marcado para Janeiro.
¨Nessa altura não haverá tempo para falar de diversidade de cultura e etnicidade¨, afirmou o presidente a partidários seus durante um comicio na cidade de Gedaref, no Leste do país.
¨A sharia (lei islâmica) e o Islão serão a principal fonte da Constituição, o Islão a religião oficial e o árabe a lingua oficial¨, disse Al-Bashir, que também defendeu a policia que foi filmada flagelar uma mulher.
O plebiscito sobre se o Sul do Sudão, predominam as crenças tradicionais e o Cristianismo, se deverá tornar independente está previsto num acordo de paz que foi assinado em 2005 para se acabar com décadas de luta entre essa parte do país e o Norte, essencialmente muçulmano.
O acordo estabeleceu uma Constituição interina que limita a sharia ao Norte e reconhece ¨a diversidade cultural e social do povo sudanês¨.
Analistas citados pela Reuters prevêem que a maior parte da população sulista escolha a independência no referendo que deverá arrancar a 9 de Janeiro e durar uma semana.
As afirmações feitas hoje por Al-Bashir aumentam as preocupações de centenas de milhares de naturais do Sul que estão a viver no Norte e que temem a forma como virão a ser tratados depois do divórcio entre as duas partres.
O Presidente sudanês é alvo de um mandado de captura do Tribunal Penal Internacional, afim de ser julgado por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio cometidos no Darfur, que é a parte ocidental do país e que também ela chegou a ser um território independente, governado por sultão.
Fonte: Miaf Missões Para Africa
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